Para Sempre Alice

Alzheimer

    A doença de Alzheimer é provavelmente a síndrome demencial de maior conhecimento em nosso meio. Geralmente inicia-se de maneira insidiosa. O transtorno constitui-se de comprometimento da memória (aprendizado de informações novas e recordação de informações antigas), associado a um prejuízo em pelo menos a das funções cognitivas (linguagem, gnosias, praxias e/ou funções executivas) com interferência em desempenho social e/ou profissional por declínio em relação ao nível anterior.

    Estudos epidemiológicos brasileiros avaliam a presença de demência na população de 65 anos ou mais na frequência de 7,1%, sendo que destas o Alzheimer sozinho estava presente em 55,1% e a Doença de Alzheimer associada à demência vascular em 14,4%. A incidência anual de demência em idosos ocorre em 1,38% desta população, sendo que 50% dos casos apresenta Doença de Alzheimer possível ou provável.

    “Pare Sempre Alice” conta a história de Alice Howland, bem-sucedida professora de Harvard, que é diagnosticada com Alzheimer Precoce que, além de como o nome indica, ter início em idade anterior a usual (65 anos), tem progressão mais agressiva. 

Amor e Outras Drogas

Doença de Parkinson

    A doença de Parkinson é a segunda enfermidade neurodegenerativa mais comum e a segunda causa mais comum de tremor. É uma enfermidade que afeta principalmente a população da terceira idade, com incidência maior acima de 65 anos, prevalência de 1 a 2% no mundo, e no Brasil, de 3%.

  De etiologia ainda desconhecida, sua fisiopatologia é caracterizada pela presença de disfunção monoaminérgica múltipla. Pode ser caracterizada pelos seus quatro sinais cardinais: tremor de repouso, bradicinesia, rigidez muscular e instabilidade postural, sendo de fácil diagnóstico quando de caráter idiopático, porém, se houver componentes atípicos, a variedade de diagnósticos diferenciais é ampla.

    Sendo assim, a doença de Parkinson tem sido constantemente representada em livros ou filmes, tendo seu reconhecimento no imaginário popular como a “ doença do tremor das mãos “. Todavia, o romance ‘’ Amor e outras Drogas ( 2011) ‘’ quebra esse paradigma ao acrescentar dois elementos importantes na vida de um paciente precocemente diagnosticado com essa doença: as implicações psicológicas que acometem o doente, uma vez que trata-se de uma doença sem cura e com progressão conhecida; e as diferentes formas como as pessoas que circundam o paciente lidam com a situação, ocasionando situações desde o abandono até o comprometimento em se tornar um “ cuidador ‘’ por toda a vida de uma pessoa debilitada fisicamente, e muitas vezes, até mesmo emocionalmente.​​

• Manejo Clínico da Doença de Parkinson avançada - Raphael Diniz Ridolfi

• A Abordagem da Geriatria no paciente com Doença de Parkinson - Gloria Maria de Campos Gomes Tristão

• Cirurgia em Doença de Parkinson avançada - Douglas Domingues

Joy Division - She's Lost Control

Epilepsia

    A epilepsia é um dos distúrbios neurológicos graves mais comuns do mundo. Cerca de 3% das pessoas serão diagnosticadas com epilepsia em algum momento de suas vidas. Sua prevalência é de 1% da população do mundo, ou seja, 60 milhões de pessoas, e a cada ano somam-se aproximadamente três milhões de novos casos.

    Um exemplo interessante do modo como essa doença afeta a vida das pessoas e está muito mais próxima do que imaginamos, é a música She’s Lost Contol do Joy Division, banda na qual o vocalista, Ian Curtis, acabou por compor esta canção em inspirado em uma paciente que frequentava o centro de reabilitação ocupacional onde ele trabalhou. Tal paciente tinha crises muito severas e acabou por falecer em meio a uma delas e logo depois ele, aos 21 anos, foi diagnosticado com a doença. A epilepsia afetava tanto sua vida que ele chegava a ter episódios no palco, ficando assim conhecido por sua “dança” que era, na verdade um quadro epiléptico.

    Mesmo sendo uma patologia tão prevalente ainda há, na classe médica, certa dificuldade no manejo destes pacientes. Devido a isso, abordaremos nesse bloco o Estado de mal não convulsivo, o manejo do paciente epiléptico na UTI e as possíveis condutas cirúrgicas para o epiléptico.

• Estado de Mal Não Convulsivo - Dr. Bruno Gumiero

• Abordagem da crise convulsiva na emegência - Marcelo Diesel

• Manejo do paciente epiléptico na UTI - Átila Monteiro Borges

A Teoria de Tudo

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

    De todas as doenças do neurônio motor talvez Esclerose Lateral Amiotrófica ( ELA) seja a mais estigmatizada e divulgada em redes sociais, porém poucos sabem realmente a dimensão e o impacto desta doença na vida de uma pessoa. A ELA é caracterizada por distúrbios degenerativos dos neurônios motores, sua incidência gira em torno de 1 a 3 casos por 100.000 habitantes, atingindo cerca de 2.500 pessoas por ano no Brasil. O curso da doença é rápido e a sobrevida é de aproximadamente 3 a 5 anos após o diagnóstico. Até o momento permanece intratável.

    O diagnóstico e o tratamento multiprofissional da ELA é um grande desafio tanto para os profissionais da área da saúde quanto para os pacientes e familiares. É por este motivo que o objetivo deste bloco é trazer mais conhecimento da Neurologia para entender um pouco mais desta doença e dos avanços no diagnóstico e possibilidades terapêuticas, e ainda incluir a visão da psicologia na abordagem dos pacientes acometidos por doenças graves e neurodegenerativas, como ELA.

    O caso mais conhecido de ELA, o do físico inglês Stephen Hawking, mundialmente conhecido por seu conhecimento em astronomia e sua história brilhante, divulgada através do filme “A Teoria de Tudo”, demonstra como na medicina números e estatísticas não são leis. Recebeu o diagnóstico de ELA há 53 anos e apesar de todas as dificuldades, em decorrência da doença, está vivo para contar a sua história através do auxilio da ciência. Stephen Hawking é considerado o caso de ELA de maior longevidade.

• Conhecendo ELA, diagnósticos e tratamentos - Dr. José Alexandre B. de Figueiredo

• Aspectos da eletroneuromiografia da ELA -  Dra. Ana Carolina Silva Ferreira

• Semblante da psicologia na ELA -  Psic. Maria Beatriz Bastos Párraga

O Operário

Transtorno do Sono

    A insônia é um distúrbio persistente que prejudica a capacidade de uma pessoa adormecer ou, ainda, de permanecer dormindo durante toda a noite. Pessoas com insônia geralmente começam o dia já se sentindo cansadas, têm problemas de humor e falta de energia e têm o desempenho no trabalho ou nos estudos prejudicado por causa deste distúrbio. A qualidade de vida da pessoa, em geral, costuma ficar comprometida pela insônia.

     O acometimento de até 45% da população mundial é um dado expressivo, e levando isso em conta este bloco tem por objetivos abordar o diagnóstico, a correlação com outros transtornos desencadeadores da insônia, além do tratamento desta.
    O filme “O Operário” relata as consequências que a Insônia causou no protagonista, a doença refletiu nitidamente em sua saúde física e mental. Com o decorrer do tempo ele se tornou um homem bastante solitário e, por conta de sua distração no dia a dia, ele acabou causando um acidente grave de trabalho. Após o ocorrido ele começa a pensar que está sendo perseguido pelos seus colegas de trabalho e fica paranóico com a ideia de que o culpam pelo que aconteceu.

• Pneumologista - Dr. Lucas Bello

• Neuropediatra - Dr. Augusto Saldanha